Gestão de equipas

Gerações no mercado de trabalho: como lidar com diferentes perfis

Descobre como gerir as gerações no mercado de trabalho, entendendo as diferenças entre os perfis para promover um ambiente colaborativo.

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Pedro Martins Da Silva

HR Consultant

Software de clima organizacional

29 de maio, 2025

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As gerações no mercado de trabalho são cada vez mais diversas, o que representa um desafio único para os departamentos de Recursos Humanos e gestores.

Hoje, convivem no mesmo ambiente de trabalho Baby Boomers, Gen X, Millennials e Gen Z, cada um com suas características, valores e expectativas próprias. Essa diversidade geracional traz uma rica troca de experiências, mas também exige uma gestão cuidadosa para lidar com diferentes perfis de colaboradores.

Entender as particularidades de cada geração é essencial para ajustar a comunicação, motivar as equipas e criar um clima organizacional mais inclusivo e produtivo.

Neste artigo, vamos explorar como identificar as características geracionais, adaptar as práticas de gestão e promover a colaboração entre diferentes perfis, maximizando o potencial de todos os colaboradores.

O que são as gerações?

As gerações referem-se a grupos de pessoas que nasceram e cresceram durante o mesmo período histórico e social, o que influencia, muitas vezes, os seus valores, comportamentos e atitudes.

No contexto do mercado de trabalho, as gerações são identificadas por faixas etárias, mas também por experiências coletivas que marcam a forma como cada grupo interage com o mundo e com o trabalho.

Compreender essas gerações é essencial para gestores e profissionais de Recursos Humanos, pois ajuda a adaptar estratégias de liderança, comunicação e motivação de forma a aproveitar as forças de cada perfil e promover uma cultura organizacional mais harmoniosa e eficaz.

Da geração Baby Boomer à geração Z passando pelos millennials

Um dos erros que pode cometer o departamento de RH é não saber diferenciar entre as gerações e os tipos de talento que existem atualmente.

Por esse motivo, hoje vamos refletir acerca das 4 gerações de talento que convivem no nosso dia a dia e que, como já mencionámos, são as seguintes:

A geração Baby Boomer, a geração estritamente profissional (1946-1964)

O seu nome é uma herança decorrente de ser a geração que surgiu após a guerra. A esta geração devemos o estilo de vida que se foi consolidando na nossa sociedade ao longo dos anos.

Ao mesmo tempo, é esta a geração que começa a reivindicar as liberdades individuais. É também nesta altura que irrompe a luta feminista e a defesa dos direitos.

Características principais:

  • Ética de trabalho: os Baby Boomers valorizam o trabalho árduo e a dedicação. São conhecidos pelo seu compromisso e disposição para trabalhar longas horas para alcançar o sucesso.
  • Lealdade: tendem a ser leais aos seus empregadores, com muitos permanecendo na mesma empresa durante grande parte das suas carreiras.
  • Experiência: esta geração possui uma vasta experiência e conhecimento acumulado, o que os torna valiosos mentores para as gerações mais jovens.
  • Resistência à mudança: embora possam adaptar-se a novas tecnologias, geralmente preferem métodos de trabalho mais tradicionais e podem mostrar resistência a mudanças rápidas.

Enfim, são os formadores de hábitos de consumo, os que acumulam mais riqueza. Ao contrário dos seus sucessores, a geração Baby Boomer terá de se adaptar às novas tecnologias, razão pela qual serão considerados como imigrantes digitais.

A geração X, a geração que fomentou a colaboração (1965-1979)

Entre os millennials e os Baby Boomers, a geração X é a que marca os anos setenta e oitenta. Reúne o espírito da cooperação como motor de crescimento para o sucesso de uma empresa. Não podem ser considerados nativos digitais, pois a tecnologia na altura era bastante limitada, e também não são Baby Boomers pois não nasceram imediatamente após o fim da II Guerra Mundial.

Características principais:

  • Adaptabilidade: a geração X é altamente adaptável às mudanças tecnológicas e económicas. Vivenciaram a transição da era analógica para a digital.
  • Enfoque no equilíbrio: valorizam o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal e tendem a procurar trabalhos que ofereçam flexibilidade horária e qualidade de vida.
  • Independência: são autónomos e valorizam a independência no local de trabalho. Preferem ter controlo sobre como e quando realizam o seu trabalho.
  • Colaboração: fomentaram uma cultura de colaboração e trabalho em equipa, reconhecendo o valor da troca de ideias e da cooperação entre colegas.

É isto que os torna uma geração ponte que, ao contrário do resto, se destaca pelo poder de conciliação e pelas suas virtudes de diálogo. Já que, trata-se de uma geração comprometida com o mundo e que foi marcada pelo surgimento do consumismo.

A geração Y, os millennials como nativos digitais (1980-1994)

Conhecidos por serem nativos digitais, esta geração tem estado no foco das empresas devido à “pouca experiência” que possuem. E, neste contexto, não podemos esquecer que foi uma das gerações mais afectadas pela grande crise económica de 2008.

Características principais:

  • Competência digital: os Millennials são nativos digitais, o que significa que têm grande facilidade com tecnologias e ferramentas digitais.
  • Propósito e significado: procuram trabalhos que não só proporcionem rendimentos, mas que também ofereçam um sentido de propósito e contribuam para a sociedade.
  • Flexibilidade: preferem ambientes de trabalho flexíveis que permitam o teletrabalho e horários adaptáveis.
  • Feedback e desenvolvimento: valorizam o feedback constante e as oportunidades de desenvolvimento profissional, procurando empregadores que ofereçam programas de formação e oportunidades de crescimento.

Em qualquer caso, a geração Y ou millennial possui uma capacidade digital sem precedentes e é importante definir estratégias para captar o seu talento. A nível pessoal, são pessoas com fortes núcleos de empatia e liderança.

Sem dúvida nenhuma, é uma das gerações mais diversas e com uma formação académica elevada.

A geração Z, a geração das redes sociais (1994-2010)

Geração Z, iGen, Gen Z. Existem muitas denominações para esta geração, mas se há uma característica que a define perfeitamente é, precisamente, o seu conforto e segurança em relação ao ambiente digital e às redes sociais.

A geração Z a despeito de tudo, é uma geração que preserva a sua vida pessoal. Em relação aos millennials, são mais conscientes dos efeitos negativos que a sobreexposição ao mundo digital pode ter.

Características principais:

  • Nativos digitais extremos: utilizaram a tecnologia desde muito cedo e estão extremamente habituados a dispositivos móveis e redes sociais.
  • Multitarefa: são peritos em realizar múltiplas tarefas ao mesmo tempo, graças à sua constante exposição a fluxos de informação simultâneos.
  • Inovação e empreendedorismo: a geração Z valoriza a inovação e tem um forte espírito empreendedor. Muitos procuram oportunidades para iniciar os seus próprios projectos ou trabalhar em ambientes dinâmicos e criativos.
  • Diversidade e inclusão: valorizam a diversidade e a inclusão no local de trabalho e esperam que os seus empregadores se alinhem com estes valores.

Em suma, são pessoas especialmente autodidatas, que dominam o linguajar digital à perfeição. Ao mesmo tempo, herdaram a consciência social das gerações anteriores, marcando um forte ativismo social.

Como lidar com diferentes perfis das gerações no mercado de trabalho

No mercado de trabalho atual, é comum que diferentes gerações convivam no mesmo ambiente organizacional. Cada geração traz consigo valores, comportamentos e expectativas moldados por contextos históricos e sociais distintos.

Consequentemente, é essencial que os gestores de Recursos Humanos compreendam as particularidades de cada geração e saibam como adaptar a liderança, a comunicação interna e as estratégias de motivação para otimizar o desempenho e promover um ambiente de trabalho harmonioso.

Aqui estão algumas abordagens eficazes para lidar com diferentes perfis geracionais:

1. Adapte a comunicação

Cada geração tem um estilo de comunicação preferido. Por exemplo, enquanto as gerações mais jovens (Millennials e Gen Z) tendem a preferir comunicação digital rápida, como mensagens instantâneas e redes sociais, as gerações mais velhas (Baby Boomers e Geração X) podem valorizar mais a comunicação direta ou por e-mail.

A chave é oferecer canais de comunicação variados, garantindo que todos os colaboradores se sintam à vontade para interagir.

2. Promova o trabalho colaborativo

As gerações mais jovens tendem a ser mais colaborativas e flexíveis, enquanto as gerações mais velhas podem valorizar mais a autonomia no trabalho.

Por isso, incentivar a troca de conhecimentos e a colaboração intergeracional pode ajudar a equilibrar as necessidades e promover um ambiente de aprendizagem contínua.

3. Ofereça oportunidades de desenvolvimento alinhadas com as expectativas

Cada geração tem expectativas diferentes em relação ao desenvolvimento profissional. As gerações mais jovens procuram crescimento rápido, feedback contínuo e flexibilidade, enquanto as gerações mais velhas podem preferir estabilidade e oportunidades de formação contínua. Adaptar os programas de formação e planos de carreira às necessidades específicas de cada grupo pode melhorar a retenção e a motivação.

4. Valorize as experiências e os conhecimentos de cada geração

As gerações mais velhas trazem consigo uma riqueza de experiência e conhecimento, enquanto as gerações mais jovens possuem uma perspectiva fresca e fluência em tecnologia.

Portanto, criar um ambiente em que as diferentes gerações possam partilhar experiências e aprender umas com as outras contribui para uma cultura de inovação e crescimento coletivo.

5. Flexibilidade no ambiente de trabalho

As gerações mais jovens tendem a valorizar mais a flexibilidade no trabalho, como a possibilidade de trabalhar remotamente ou ter horários mais flexíveis. Já as gerações mais velhas podem ser mais tradicionais quanto ao modelo de trabalho. Oferecer opções de flexibilidade, sempre que possível, pode aumentar a satisfação e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Em resumo, lidar com os diferentes perfis das gerações no mercado de trabalho exige uma abordagem personalizada, que reconheça e respeite as particularidades de cada grupo, ao mesmo tempo que promove a colaboração intergeracional e o desenvolvimento contínuo.

Clima organizacional com a Sesame RH

O clima organizacional da Sesame RH foca-se em promover um ambiente de trabalho saudável, transparente e colaborativo, essencial para o sucesso da empresa.

A nossa plataforma facilita a comunicação aberta, o reconhecimento de desempenho e o bem-estar dos colaboradores, criando uma cultura de motivação e inclusão.

Entre as principais práticas que melhoram o clima organizacional, destacam-se:

  • Comunicação transparente, garantindo acesso à informação e feedback contínuo.
  • Reconhecimento e valorização, incentivando o bom desempenho e o comprometimento das equipas.
  • Bem-estar e equilíbrio, oferecendo flexibilidade de horários e apoio à vida pessoal e profissional.
  • Desenvolvimento contínuo, com oportunidades de formação e crescimento.
  • Colaboração e trabalho em equipa, promovendo o trabalho conjunto para o sucesso coletivo.

Em suma, a funcionalidade de clima organizacional da Sesame é orientado para criar um ambiente de trabalho positivo, que fortalece o compromisso e o desempenho dos colaboradores, resultando no crescimento sustentável da empresa.

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Tiago Santos

VP of Community and Growth | LinkedIn | | Web | +post

Profissional experiente da RH dedicado à promoção de comunidades colaborativas líderes de RH fortes. Como fundador da RH Club e da HR Community, utilizo os meus mais de 15 anos de experiência para melhorar o panorama profissional dos líderes de RH.


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