Gestão de férias e ausências

Baixa médica: direitos e deveres do colaborador

Aprende como funciona a baixa médica e quais são as tuas obrigações e garantias legais. Assim poderás gerir melhor as ausências.

consultor

Precisa de ajuda?

Pedro Martins Da Silva

HR Consultant

software de gestão de ausências

29 de abril, 2025

New call-to-action

A baixa médica é um direito fundamental dos trabalhadores em Portugal, pensado para proteger a sua saúde e garantir estabilidade financeira em situações de incapacidade temporária para o trabalho.

No entanto, usufruir deste direito implica também conhecer bem quais são os deveres associados, tanto perante a entidade empregadora como perante a Segurança Social.

Saber quando o colaborador pode solicitar uma baixa médica, como comunicar corretamente e quais as obrigações a cumprir durante o período de afastamento é essencial para evitar problemas legais ou perda de benefícios.

Neste artigo, explicamos de forma prática quais são os direitos do colaborador em situação de baixa médica e quais os deveres que devem ser respeitados para garantir um processo tranquilo, e gerir as ausências na empresa de forma correta.

O que diz a lei portuguesa sobre a baixa médica?

Atualmente, em Portugal, a baixa médica — oficialmente designada como certificado de incapacidade temporária para o trabalho — está regulada no âmbito da proteção social na doença.

A lei estabelece que qualquer trabalhador que esteja temporariamente incapaz de exercer a sua atividade profissional por motivo de doença, acidente ou gravidez de risco tem direito a solicitar uma baixa médica. Esta incapacidade deve ser atestada por um médico do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou, em certos casos, por médicos privados credenciados.

Durante o período de baixa, o trabalhador tem direito a receber um subsídio de doença pago pela Segurança Social, que visa substituir a remuneração habitual, embora com percentagens e limites específicos, que variam conforme a duração e a natureza da incapacidade.

É importante sublinhar que, nos primeiros três dias da baixa (o chamado período de carência), o trabalhador não recebe subsídio, salvo em casos de doença prolongada, hospitalização ou acidente de trabalho.

A nível laboral, a lei também protege o colaborador: não pode ser despedido devido à situação de doença. Da mesma forma, mantém o direito a retornar ao seu posto de trabalho após a recuperação, desde que cumpridas todas as obrigações legais de comunicação e comprovação da situação médica.

Assim, a baixa médica é um direito essencial para proteger a saúde e a segurança dos trabalhadores, mas o seu uso correto exige o cumprimento de procedimentos específicos definidos pela legislação portuguesa.

Qual é o valor a pagar por uma baixa médica?

O valor pago ao trabalhador durante uma baixa médica em não equivale ao salário completo. Sendo calculado com base na remuneração de referência do trabalhador e aplicando uma percentagem que varia conforme a duração da baixa:

  • 55% da remuneração de referência: durante os primeiros 30 dias de incapacidade.
  • 60% da remuneração de referência: do 31.º ao 90.º dia de incapacidade.
  • 70% da remuneração de referência: do 91.º ao 365.º dia de incapacidade.
  • 75% da remuneração de referência: a partir do 366.º dia (em situações de doença prolongada reconhecida).

A remuneração de referência é calculada com base na média das remunerações declaradas à Segurança Social nos primeiros seis meses dos últimos oito meses anteriores ao mês em que ocorreu a incapacidade.

Importa referir que, salvo em casos especiais como hospitalização, doenças graves ou acidentes de trabalho, os primeiros três dias de baixa não são pagos. Este período é conhecido como período de espera.

Assim, o valor recebido durante a baixa médica é inferior ao salário normal, mas visa garantir uma proteção financeira mínima enquanto o trabalhador recupera e está impedido de exercer a sua atividade.

Como gerir uma baixa médica de um colaborador?

Gerir corretamente uma baixa médica é essencial para garantir a conformidade legal e manter uma boa relação com o colaborador. Para isso, segue estes passos:

  • Receber e registar o certificado de incapacidade: assim que possível, o colaborador deve comunicar a situação e enviar o certificado médico. A empresa deve registar a ausência como falta justificada no sistema de assiduidade.
  • Atualizar o processamento salarial: ajusta o processamento salarial para refletir a ausência. Considerando que o trabalhador passará a receber o subsídio de doença da Segurança Social, e não o salário normal.
  • Manter uma comunicação equilibrada: durante a baixa, mantém contacto respeitoso e discreto com o colaborador, demonstrando apoio sem invadir a sua privacidade.
  • Acompanhar baixas prolongadas: em casos de baixas de longa duração, acompanha a situação para planear eventuais ajustes na equipa e gerir expectativas de regresso.
  • Preparar a reintegração: quando o colaborador regressar, garante uma reintegração tranquila e alinhada com as condições contratuais anteriores, salvo necessidade de adaptações por razões médicas.
  • Documentar todo o processo: guarda todos os documentos relacionados com a baixa médica, como certificados e comunicações, para efeitos legais e de auditoria interna.

Como as baixas médicas impacta a produtividade da empresa

Uma gestão eficiente das baixas médicas é fundamental para proteger o equilíbrio entre o bem-estar dos colaboradores e a continuidade das operações da empresa. Quando este processo é tratado com organização, transparência e sensibilidade, o impacto na produtividade pode ser muito mais controlado e, em muitos casos, até minimizado.

Em primeiro lugar, uma resposta rápida e estruturada às situações de baixa permite planear melhor a redistribuição de tarefas. Evitando sobrecarregar outros membros da equipa e assegurando que os prazos e objetivos continuam a ser cumpridos.

Além disso, a boa gestão de baixas médicas — que inclui o acompanhamento adequado dos colaboradores ausentes e o apoio ao seu regresso — reforça a confiança e a motivação dos trabalhadores. Sentirem-se apoiados pela organização em momentos de vulnerabilidade aumenta o sentimento de pertença e o compromisso para com a empresa.

Outro fator importante é a redução dos riscos legais. Cumprir corretamente os procedimentos previstos na lei para a gestão de baixas médicas evita sanções, litígios laborais e danos à reputação da organização.

Por fim, uma abordagem eficiente e humanizada ajuda a reduzir o absentismo injustificado, promove uma cultura de saúde e bem-estar e, consequentemente, contribui para equipas mais equilibradas, motivadas e produtivas a longo prazo.

Assim, investir na gestão cuidada das baixas médicas não é apenas uma obrigação legal, é também uma estratégia inteligente de gestão de pessoas que fortalece a estabilidade e o sucesso da empresa.

Como a Sesame HR ajuda na gestão as ausências

Gerir ausências de forma eficiente é essencial para manter o equilíbrio da equipa, cumprir a legislação laboral e garantir a produtividade. Com a Sesame HR, simplificas todo o processo de gestão de ausências de maneira rápida, organizada e transparente.

Através da plataforma, os colaboradores fazem os pedidos de ausência diretamente no sistema, e tu aprovás ou recusas com apenas alguns cliques. Férias, baixas médicas, licenças ou faltas justificadas ficam centralizadas num único local, sempre atualizadas e acessíveis.

Com os calendários partilhados e os dashboards de assiduidade, visualizas de imediato quem está ausente ou quem vai iniciar uma licença. O que permite planear melhor a distribuição do trabalho.

Ao mesmo tempo, a Sesame também envia notificações automáticas para te lembrar de prazos importantes, como o fim de uma baixa médica ou o início de uma licença. Desta forma, evitas esquecimentos e organizas melhor as substituições ou reforços necessários.

Além disso, a plataforma gera relatórios personalizados para que acompanhes padrões de absentismo, analises dados relevantes e tomes decisões mais estratégicas sobre a gestão da tua equipa.

Com a Sesame HR, automatizas processos, reduzes a carga administrativa e reforças a transparência. Assim crias um ambiente de trabalho mais eficiente e focado no bem-estar dos colaboradores.

Porque não experimentas? Testa gratuitamente a Sesame e vê como facilita a gestão da tua equipa de forma simples e eficaz!

Quer avaliar nosso artigo?

Avaliação média:
4 estrelas (57 votos)

A forma mais completa de controlar e registar o controlo de assiduidade na sua empresa

Precisa de ajuda?