Comunicação Interna

Comunicação não-violenta: como aplicá-la no ambiente de trabalho

A comunicação não-violenta é uma abordagem essencial na gestão, promovendo interações pacíficas e produtivas entre a equipa.

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Pedro Martins Da Silva

HR Consultant

software de comunicação interna

19 de maio, 2025

Num ambiente profissional onde a colaboração, o respeito e a empatia são cada vez mais valorizados, saber comunicar de forma clara e construtiva é uma competência essencial. A comunicação não-violenta (CNV), desenvolvida por Marshall Rosenberg, é uma abordagem que visa promover o entendimento mútuo e a resolução de conflitos sem julgamentos, acusações ou reações defensivas.

No contexto organizacional, uma boa comunicação interna pode transformar a forma como colegas, líderes e equipas interagem, reduzindo tensões, promovendo o diálogo e criando relações mais autênticas e produtivas.

Quando aplicada de forma consistente, melhora o clima de trabalho, aumenta a confiança e contribui para uma cultura organizacional mais saudável e inclusiva.

Neste artigo, vamos explorar o que é a comunicação não-violenta, quais são os seus princípios fundamentais e de que forma pode ser aplicada no dia a dia das equipas, tanto em interações simples como na gestão de conflitos mais delicados.

O que é a comunicação não-violenta?

A comunicação não-violenta (CNV) é uma abordagem criada pelo psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg, que visa melhorar a qualidade das relações humanas através de uma forma de comunicar mais empática, honesta e respeitosa. O seu objetivo é promover o entendimento mútuo e a cooperação, mesmo em situações de tensão ou conflito.

Ao contrário da comunicação agressiva ou passiva, a CNV baseia-se na escuta ativa, na expressão autêntica de sentimentos e necessidades, e na procura de soluções que respeitem ambas as partes. Não se trata apenas de “falar com educação”, mas de comunicar com consciência, intenção e compaixão.

No ambiente de trabalho, a comunicação não-violenta é especialmente útil para lidar com feedback, resolver mal-entendidos, liderar equipas e fortalecer a confiança entre colegas. Ao colocar o foco na empatia e na escuta ativa, a CNV contribui para um clima organizacional mais saudável, inclusivo e colaborativo.

Quais são os quatro componentes principais da CNV?

A comunicação não-violenta (CNV) baseia-se em quatro componentes fundamentais que ajudam a estruturar uma comunicação mais empática, consciente e eficaz.

Ao mesmo tempo, estes elementos orientam a forma como observamos, interpretamos e interagimos com os outros, sobretudo em situações de tensão ou conflito.

1. Observação (sem julgamento)

O primeiro passo, é observar os factos tal como são, sem adicionar interpretações, críticas ou julgamentos. É importante descrever a situação de forma neutra, focando-se no que realmente aconteceu.

Exemplo: “Notei que o relatório não foi entregue até à data combinada.”

2. Sentimentos (o que estamos a sentir)

Depois da observação, identificamos e expressamos os nossos sentimentos reais em relação ao que foi observado. Isto ajuda a criar uma ligação mais humana e autêntica.

Exemplo: “Sinto-me preocupado e frustrado…”

3. Necessidades (por detrás dos sentimentos)

Os sentimentos estão sempre ligados a necessidades que estão ou não a ser atendidas. Já que, reconhecer e expressar essas necessidades permite ir à raiz da questão.

Exemplo: “…porque preciso de organização e clareza para cumprir os prazos.”

4. Pedidos (claros e viáveis)

Por fim, fazemos um pedido concreto e específico, em vez de exigências ou críticas. A ideia é propor uma ação que possa melhorar a situação para ambas as partes.

Exemplo: “Podemos combinar um novo prazo e definir etapas mais claras para o próximo envio?”

Enfim, estes quatro componentes — observação, sentimento, necessidade e pedido — formam a base da CNV e ajudam a transformar conversas difíceis em oportunidades de entendimento e colaboração genuína.

Dicas para começar a praticar a CNV na tua equipa

Integrar a comunicação não-violenta (CNV) no dia a dia da tua equipa não exige mudanças drásticas, mas sim pequenas ações conscientes e consistentes.

A chave está em cultivar uma cultura de empatia, escuta ativa e honestidade — onde as pessoas se sintam seguras para comunicar de forma autêntica e respeitosa.

Aqui ficam algumas dicas práticas para começar:

  1. Promove a escuta sem interrupções: incentiva os membros da equipa a ouvir com atenção, sem julgar ou preparar respostas imediatas. A escuta verdadeira é a base para qualquer comunicação empática.
  2. Evita acusações e generalizações: em vez de frases como “tu nunca cumpres prazos”, opta por observações específicas e factuais: “Notei que nas últimas duas entregas houve atrasos. Podemos falar sobre isso?”
  3. Incentiva a expressão de sentimentos e necessidades: cria espaço para que cada pessoa possa partilhar como se sente e o que precisa, sem receio de ser criticada ou ignorada. Isto fortalece a confiança mútua.
  4. Usa pedidos claros em vez de exigências: quando precisares de algo, formula o pedido de forma concreta e respeitosa. Ex. Podes enviar-me o relatório até amanhã ao final do dia?

Em suma, ao aplicar estas dicas de forma consistente, estarás a criar um ambiente mais colaborativo, seguro e produtivo, onde a comunicação se torna uma aliada — e não uma fonte de conflito.

Comunicação interna com a Sesame RH

Uma comunicação interna eficaz é fundamental para o alinhamento das equipas, o fortalecimento da cultura organizacional e a construção de um ambiente de trabalho transparente e colaborativo.

Por isso, com a Sesame RH, é possível centralizar e automatizar a comunicação com os colaboradores, tornando as trocas de informação mais organizadas, acessíveis e envolventes.

Através da plataforma, as empresas podem:

  • Enviar comunicados internos de forma segmentada, por departamento, localização ou função, garantindo que a mensagem certa chega às pessoas certas.
  • Notificar colaboradores automaticamente, com alertas importantes (como início de férias, aniversários, prazos ou atualizações de políticas internas).
  • Partilhar artigos e documentos institucionais diretamente no portal do colaborador.
  • Acompanhar a leitura das mensagens, garantindo que as comunicações foram visualizadas.
  • Reforçar o employer branding, através de conteúdos com identidade visual personalizada e tom adaptado à cultura da empresa.

Além disso, ao integrar a comunicação com outros processos de RH, como onboarding, avaliação de desempenho ou gestão de formações, a Sesame permite criar uma experiência de colaborador mais integrada e fluida.

Em suma, a comunicação interna com a Sesame HR torna-se mais estratégica, bidirecional e alinhada com as dinâmicas de uma empresa moderna. Onde ouvir e informar são parte essencial da gestão de pessoas.

Porque não experimentas? Testa gratuitamente a Sesame HR e vê como facilita a gestão da tua equipa de forma simples e eficaz!

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Tiago Santos

VP of Community and Growth | LinkedIn | | Web | +post

Profissional experiente da RH dedicado à promoção de comunidades colaborativas líderes de RH fortes. Como fundador da RH Club e da HR Community, utilizo os meus mais de 15 anos de experiência para melhorar o panorama profissional dos líderes de RH.


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