Gestão de férias e ausências

Baixa médica por depressão: impacto na equipa

Garante uma gestão sensível e eficiente da baixa médica por depressão no contexto da tua empresa.

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Isabel García

HR Consultant

software de gestão de ausências

2 de maio, 2025

 A baixa médica por depressão é uma realidade cada vez mais presente nas empresas, refletindo o impacto crescente dos problemas de saúde mental no ambiente de trabalho.

Embora o foco principal deva ser o apoio ao colaborador afetado, é igualmente importante considerar o efeito que a sua ausência pode ter na equipa — tanto a nível operacional como emocional.

Quando um colega se afasta devido a uma situação de depressão, surgem naturalmente desafios como a redistribuição de tarefas, o aumento da carga de trabalho ou até a gestão do clima organizacional. Além disso, a falta de comunicação clara ou empatia pode gerar incerteza e afetar a motivação dos restantes elementos da equipa.

Neste artigo, exploramos como a baixa médica por depressão impacta o funcionamento da equipa, que medidas de apoio e prevenção podem ser adotadas, e como o departamento de recursos humanos pode atuar e gerir as ausências de forma eficaz.

Como funciona a baixa médica por depressão?

A baixa médica por depressão é um direito do trabalhador previsto na legislação portuguesa, enquadrado no regime geral de proteção na doença da Segurança Social.

Tal como noutras situações de incapacidade temporária para o trabalho, o colaborador deve ser avaliado por um médico, que poderá emitir uma declaração de incapacidade temporária (CIT) sempre que identifique um quadro clínico que justifique o afastamento.

Este tipo de baixa aplica-se quando o profissional apresenta sintomas de depressão leve, moderada ou grave, diagnosticada por um médico do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou por um médico privado, desde que a baixa seja validada pelos serviços competentes.

Desse modo, o processo funciona da seguinte forma:

  • O colaborador deve consultar um médico, que, após avaliação, pode emitir uma baixa médica por motivo de doença psicológica.
  • O documento é enviado eletronicamente à Segurança Social e à entidade empregadora, justificando a ausência.
  • A partir do 4.º dia de ausência, o trabalhador tem direito a receber o subsídio de doença, pago pela Segurança Social, calculado com base na sua remuneração de referência.
  • Durante este período, o trabalhador mantém todos os seus direitos contratuais, mas está dispensado de prestar funções.
  • O médico assistente pode renovar a baixa sempre que clinicamente necessário, e o regresso ao trabalho só acontece mediante alta médica.

Importa sublinhar que a depressão, sendo uma condição de saúde mental, deve ser tratada com a mesma seriedade, confidencialidade e respeito que qualquer outra doença.

Ao mesmo tempo, as empresas e os departamentos de RH têm um papel crucial neste processo, tanto no acompanhamento adequado do colaborador, como na gestão equilibrada da equipa durante a sua ausência.

O que diz a lei sobre a baixa médica por depressão

A legislação portuguesa reconhece a depressão como uma doença incapacitante, tal como qualquer outra condição clínica que afete a capacidade do trabalhador para exercer a sua atividade profissional.

Por isso, uma baixa médica por depressão é legalmente válida e está enquadrada no regime geral de proteção na doença da Segurança Social.

Segundo o Código do Trabalho e o Regime Jurídico da Proteção Social na Doença, o colaborador tem direito a ausentar-se do trabalho com justificação, desde que:

  • Em primeiro lugar, apresente uma Declaração de Incapacidade Temporária (CIT) emitida por um médico do SNS ou, em certos casos, por um médico privado com certificação adequada.
  • Depois, assegure que essa declaração esteja validada eletronicamente e comunicada à Segurança Social e à entidade empregadora.

A partir do 4.º dia de ausência, o trabalhador tem direito ao subsídio de doença, pago pela Segurança Social, sendo o valor calculado com base na remuneração de referência. Este subsídio varia conforme a duração da baixa:

  • 55% do salário de referência até 30 dias.
  • 60% entre 31 e 90 dias.
  • 70% entre 91 e 365 dias.
  • 75% a partir do 366.º dia.

Durante o período de baixa, o trabalhador mantém todos os seus direitos laborais, incluindo a antiguidade, o direito a férias (com devidas adaptações), a proteção contra despedimento e o acesso à formação no regresso ao trabalho.

Além disso, importa reforçar que a empresa não pode questionar o motivo clínico da baixa, nem adotar qualquer comportamento discriminatório ou punitivo. A confidencialidade e o respeito pela situação médica do colaborador são obrigatórios e devem assegurar-se pelo departamento de recursos humanos.

Em resumo, a lei protege o trabalhador em situação de depressão, garantindo-lhe apoio financeiro, estabilidade contratual e respeito pela sua saúde mental. Por isso, é essencial que as empresas atuem com rigor legal, empatia e responsabilidade social.

Quanto tempo posso ficar de baixa por depressão?

A questão “Quanto tempo posso ficar de baixa por depressão?” surge frequentemente na tua gestão de pessoal. Trata-se de uma pergunta cuja resposta depende de variáveis específicas a cada caso, dado que não existe um período fixo estipulado por lei em Portugal para a licença médica por depressão. A duração da baixa varia consoante o estado do trabalhador e a avaliação médica.

O médico assistente é quem determina, após avaliação clínica, o tempo necessário para a recuperação. Não raras vezes, esta ausência pode prolongar-se por vários meses. Sempre que necessário, deverá se fazer uma reavaliação do estado de saúde do trabalhador para justificar a continuidade da baixa.

Acima de tudo, enquanto gestor ou responsável pelos recursos humanos, é fundamental manteres um diálogo aberto e compassivo com o colaborador em questão. Assim, além da preocupação legal e burocrática inerente à situação, será possível proporcionar um ambiente laboral mais acolhedor e compreensivo.

Como apoiar o colaborador durante a baixa por depressão

A baixa médica por depressão exige uma abordagem respeitosa e humana por parte da empresa. Mais do que obrigações legais, o que está em causa é o cuidado com o bem-estar do colaborador e a forma como a organização o acompanha neste momento delicado.

Eis algumas boas práticas de apoio:

  • Respeita o tempo de recuperação: não peças atualizações nem apresses o regresso.
  • Mantém uma comunicação opcional e solidária: uma mensagem breve pode mostrar apoio, sem pressão.
  • Garante a proteção do posto de trabalho: reforça que os seus direitos estão assegurados.
  • Zela pela confidencialidade: partilha apenas o necessário e evita especulações.
  • Prepara a reintegração com sensibilidade: ajusta tarefas e acompanha o regresso com empatia.
  • Promove a saúde mental no dia a dia: cria um ambiente aberto ao diálogo e ao apoio emocional.

Mesmo com pequenos gestos, a empresa pode fazer a diferença. Ao cuidar do colaborador com respeito e discrição, reforça-se a confiança e constrói-se uma cultura organizacional mais humana e resiliente.

Gestão de ausências com a Sesame HR

A funcionalidade de gestão de ausências da Sesame HR permite às empresas centralizar, automatizar e controlar todos os tipos de ausência laboral. Desde férias e baixas médicas, até licenças especiais, faltas justificadas ou dias por conta de banco de horas.

Com esta ferramenta, a equipa de RH deixa de depender de folhas de cálculo ou e-mails dispersos e passa a ter uma visão clara e atualizada do calendário de toda a empresa, em tempo real.

Entre os principais recursos estão:

  • Pedidos e aprovações online: Os colaboradores podem solicitar ausências diretamente na plataforma. Ao mesmo tempo, os gestores recebem notificações para aprovar com um clique.
  • Calendário partilhado por equipa ou departamento: visualiza quem está ausente, planeia turnos e evita sobreposições.
  • Classificação por tipo de ausência: cada ausência regista-se com o motivo correto (férias, baixa médica, licença parental, etc.). O que facilita o controlo legal e contabilístico.
  • Documentação anexada: possibilidade de anexar certificados médicos ou justificações diretamente ao pedido.
  • Relatórios e registos automáticos: gera relatórios por período, colaborador ou tipo de ausência.
  • Integração com folha de vencimento e turnos: as ausências são automaticamente refletidas no processamento salarial e na organização dos horários.

Portanto, com a Sesame, a gestão de ausências torna-se mais ágil, transparente e segura, melhorando a comunicação interna e reduzindo erros administrativos. É uma funcionalidade essencial para empresas que valorizam a eficiência e o bem-estar das suas equipas.

Porque não experimentas? Testa gratuitamente a Sesame HR e vê como facilita a gestão da tua equipa de forma simples e eficaz!

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Cristina Martín

Diretor de Recursos Humanos | LinkedIn | | Web | +post

Sou uma profissional com mais de 20 anos de experiência em diferentes áreas de Recursos Humanos como recrutamento, treinamento, prevenção de riscos ocupacionais e gestão de pessoal.


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